Dez anos após sua regulamentação no Brasil, os alimentos transgênicos são bem aceitos pelos agricultores e já fazem parte do cotidiano dos brasileiros. É o que afirma o escocês Hugh Grant, CEO global da Monsanto, líder mundial em soluções agrícolas.
De acordo com Grant, a aceitação se deu depois que a agricultura transgênica se provou sustentável ao longo dos anos. “Os transgênicos são os produtos alimentícios mais exaustivamente testados que o mundo já viu”, afirma Grant. “Em 20 anos, com trilhões de refeições transgênicas servidas, nunca houve um problema real em relação à segurança de nossos produtos.”
Estimativa da Organização das Nações Unidas aponta que a população do planeta crescerá dos atuais 7,3 bilhões para quase 10 bilhões na metade do século. Nesse cenário, segundo Grant, as sementes geneticamente modificadas são uma forte aliada para garantir a segurança alimentar nos próximos anos.
Uma das vantagens dos transgênicos é elevar a produtividade das lavouras. “Hoje, cada pessoa depende de metade de um acre para se alimentar. Com os transgênicos, a necessidade deve cair para um terço de um acre até 2050”, afirma Grant. Além disso, o uso da biotecnologia permite o desenvolvimento de sementes resistentes ao clima seco e a insetos e com outras características que auxiliam os agricultores em seus principais desafios.
Considerado uma potência agrícola, o Brasil terá um papel relevante como provedor de alimentos nos próximos 20 anos. Atualmente, o país é o segundo maior mercado de transgênicos, superado apenas pelos Estados Unidos. As sementes modificadas respondem por 90% da produção de grãos no país.
A fim de desenvolver tecnologias que ajustem o plantio à realidade brasileira, a Monsanto está investindo 150 milhões de dólares no país em 2015. “Um exemplo é o que fizemos com a nossa semente Intacta, um tipo de soja capaz de resistir a ataques de insetos típicos da América do Sul”, diz Grant. “O cultivo começou no Brasil e outros países o replicam, como a Argentina.”
A popularização dos transgênicos exigiu da indústria uma adaptação às necessidades do mercado. “Lá atrás, erramos por achar que nosso único cliente era o fazendeiro, para quem as vantagens eram óbvias. Notamos, depois, que precisávamos apresentar nosso produto para o consumidor final”, afirma Grant.
Na visão do CEO global da Monsanto, parte dessa decisão se deve a uma mudança de comportamento. “Hoje, as pessoas estão interessadas na origem do que comem, principalmente os jovens”, diz Grant. “Por isso, passamos a divulgar os benefícios para esse público, assim como para os executivos de supermercados e os cozinheiros. O processo é contínuo e eles têm nos escutado.”
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