RENÚNCIA DE DAVID CAMERON
Após os britânicos decidirem em plebiscito sair da União Europeia, o ex-primeiro-ministro David Cameron anunciou que iria renunciar ao cargo. Foi o próprio premiê que propôs a realização do referendo – ele havia prometido convocar a consulta popular se vencesse com maioria as eleições gerais de 2015. A sucessora de Cameron foi Theresa May, escolhida como nova líder do Partido Conservador em uma eleição interna da legenda.
ELEIÇÕES GERAIS EM JUNHO DE 2017
Após dar início ao Brexit, May propôs a realização de eleições antecipadas. Seu objetivo era sair fortalecida do pleito para negociar a retirada do Reino Unido da União Europeia. Porém, a votação, realizada em junho de 2017, acabou levando ao fim da maioria absoluta dos conservadores no Parlamento, complicando ainda mais a vida dos ‘tories’ em votações sobre as legislações do Brexit.
PRIMEIRO ACORDO COM A UE
Em novembro de 2018, May conseguiu negociar uma primeira versão do acordo de saída com os representantes da UE. O texto foi muito criticado por sua cláusula sobre a fronteira entre as Irlandas.
ACORDO REJEITADO PELO PARLAMENTO BRIT NICO PELA PRIMEIRA VEZ
Em janeiro de 2019, após resistir a uma moção de confiança contra sua administração, Theresa May colocou o acordo negociado com a UE para ser votado pelo Parlamento. O texto foi barrado pelos legisladores e, logo em seguida, uma nova moção contra a premiê foi apresentada pela oposição. May sobreviveu mais uma vez, mas viu seu governo perder força.
ACORDO REJEITADO PELA SEGUNDA VEZ
Em março, May tentou aprovar o mesmo acordo mais uma vez. Foi derrotada por 391 votos contra e 242 a favor.
PRIMEIRA PRORROGAÇÃO DO PRAZO
Após a segunda derrota do acordo no Parlamento, May pediu um adiamento do prazo à UE. Após muita deliberação, os 27 países do bloco decidiram conceder a extensão até 22 de maio.
ACORDO REJEITADO MAIS UMA VEZ PELO PARLAMENTO
Em uma terceira tentativa de aprovar seu acordo com a UE, Theresa May introduziu o texto para votação no Parlamento no final de maio e foi derrotada mais uma vez. O cenário era de instabilidade cada vez maior e a possibilidade de deixar o bloco sem um acordo crescia.
PRAZO PARA O BREXIT PRORROGADO PARA 31/10/2019
Diante da impossibilidade do Reino Unido em aprovar um acordo de saída, a UE decide conceder mais uma prorrogação do prazo do Brexit, apesar dos protestos de alguns países do bloco, como a França.
RENÚNCIA DE THERESA MAY E POSSE DE BORIS JOHNSON
Sem mais apoio dentro do próprio partido, Theresa May anunciou sua renúncia em maio de 2019. Após uma votação interna, os conservadores elegeram o ex-prefeito de Londres e defensor ferrenho do Brexit Boris Johnson como novo premiê.
SUSPENSÃO DO PARLAMENTO
A dois meses do divórcio, Boris Johnson anunciou sua decisão de suspender o Parlamento por cinco semanas entre setembro e outubro. Seu objetivo, segundo a oposição, era impedir que os parlamentares tivessem tempo hábil antes do prazo final para aprovar legislações que impedissem um Brexit sem acordo. A medida, contudo, não teve sucesso. A Suprema Corte considerou a suspensão ilegal e ordenou o retorno das atividades dos legisladores. Além disso, antes mesmo de entrar em paralisação, o Parlamento aprovou uma lei que obrigava Johnson a pedir uma nova extensão do prazo do Brexit.
SEGUNDO ACORDO COM A UE
A dois dias do prazo máximo decretado pelo Parlamento para um pedido de extensão, o Reino Unido e a UE anunciaram um novo acordo de saída, com uma nova solução para a fronteira entre as Irlandas. A proposta não foi bem recebida nem por grupos anti-Brexit nem por apoiadores do divórcio com a UE. Mas a principal resistência veio da Irlanda do Norte.
APROVAÇÃO DO ACORDO PELO PARLAMENTO
Em 22 de outubro, o Parlamento aprovou de forma preliminar o acordo negociado por Johnson. Logo depois, o premiê sofreu mais uma grande derrota com a rejeição pelos legisladores do cronograma proposto para terminar de discutir a sua proposta antes de 31 de outubro, o prazo máximo determinado pela UE.
PRAZO PRORROGADO MAIS UMA VEZ
Diante da impossibilidade de aprovar o acordo antes de 31 de outubro, Johnson é obrigado pelo Parlamento a solicitar mais uma extensão à UE. O bloco decidiu conceder uma prorrogação até 31 de janeiro de 2020.
ELEIÇÕES GERAIS
Após um novo adiamento do prazo do divórcio, Boris Johnson propõe a realização de eleições antecipadas em 12 de dezembro. A medida foi apoiada pela oposição trabalhista e passou no Parlamento no dia 28 de outubro. Agora, o premiê se prepara para o pleito, que pode decidir o futuro do Brexit e do país.