Comédias românticas: o renascimento na Netflix
Gênero que teve fraco desempenho no começo da década se reinventa com a ajuda do serviço de streaming. No guia abaixo, conheça todos os filmes originais da plataforma
Foi uma relação que começou tímida e não parecia lá grande coisa, mas acabou se revelando um dos mais frutíferos casamentos de 2018: o da Netflix com o gênero das comédias românticas. Por décadas, filmes como Aconteceu Naquela Noite (1934), Bonequinha de Luxo (1961), Uma Linda Mulher (1990) e Casamento Grego (2002) lançaram e consolidaram talentos e arrastaram milhões aos cinemas. O que parecia ser uma fonte inesgotável de arrecadação para os estúdios, porém, começou a minguar. No começo dos anos 2010, as atenções se voltaram para blockbusters – como as produções da Marvel – e os longas açucarados foram perdendo espaço, tanto na bilheteria quanto em relevância na cultura pop. Restaram alguns filmes independentes, que circularam em escala menor. O gênero parecia tão perdido que, em 2013, a revista especializada no universo do entretenimento The Hollywood Reporter chegou a decretar a morte das comédias românticas.
Cinco anos depois de terem seu óbito constatado, esses filmes voltaram a brilhar, mas fora das salas escuras. Em outubro, a Netflix afirmou que suas comédias românticas originais haviam sido vistas por mais de 80 milhões de contas – mais da metade de sua base de assinantes. Como um filão que parecia estar quase em extinção pode ter atraído tanta gente? Bom, a explicação é que, talvez, o gênero não estivesse tão morto assim, afinal. "A Netflix sempre busca por gêneros ou categorias de filmes que possam interessar e entreter nossos membros, e que tenham uma relação efetiva entre custo de produção e audiência", diz a empresa. "Um ano atrás, quando nós começamos a pensar nesse tipo de filme, acreditamos que as comédias românticas como gênero eram histórias que as pessoas ainda queriam, mas Hollywood não queria produzi-las, então enxergamos uma oportunidade ali."
A professora Tamar Jeffers McDonald, da Universidade de Kent, na Inglaterra, e autora do livro Romantic Comedy: Boy Meets Girl Meets Genre (Comédia romântica: garoto encontra garota encontra gênero, em tradução direta) lembra que esses filmes já viveram um momento de marasmo antes, que durou quase dez anos, entre 1979 e 1989. "As comédias românticas não são diferentes de musicais, faroestes, ou qualquer outro gênero que já foi declarado morto em algum momento", afirma. "Elas podem desaparecer por um tempo, mas tenho certeza de que sempre vão reaparecer de alguma forma, porque, basicamente, precisam de apenas três coisas: dois amantes e um bom roteiro."
Ainda que algumas comédias românticas originais da Netflix tenham estreado antes de 2018, o boom do gênero na plataforma aconteceu mesmo no ano passado. Hoje, são dezoito filmes, com catorze deles tendo sido lançados no último ano. "É importante notar como esses filmes continuam a falar sobre romance, mas diferente de como se fazia antes. Contamos histórias sobre mulheres jovens buscando a independência, amizade entre meninos e meninas, histórias parecidas com uma comédia romântica clássica, mas mais conectadas com o momento atual", diz a empresa.
De fato, a maior busca por representatividade em discussão em Hollywood chegou também aos filmes desse gênero. Em 2018, estreou nos cinemas Podres de Ricos, com um elenco inteiro descendente de asiáticos. Na Netflix, ainda que boa parte de suas produções seja protagonizada por casais brancos, heterossexuais e que sigam os padrões clássicos de beleza, há algumas tentativas de sair dessa bolha. Basta olhar para Doce Argumento, protagonizado por um garoto negro, Alex Strangelove, centrado em um adolescente que se descobre gay, ou Para Todos os Garotos que Já Amei, que tem como personagem principal uma jovem descendente de coreanos.
Ao que tudo indica, as comédias românticas ainda estão bem vivas, e assim devem continuar por um tempo. A plataforma de streaming já anunciou que pretende investir em mais produções do gênero – e, provavelmente, o público já está à sua espera. "Enquanto blockbusters investem cada vez mais em efeitos especiais ou CGI, o entusiasmo que essas tecnologias trouxeram vai se dissipar, mas nunca se tornará antiquado um roteiro que te conquiste e faça você se importar com seus personagens", afirma a professora Tamar Jeffers McDonald. "Espero que nós continuemos a ver uma diversidade crescente nos amantes que protagonizam esses filmes. Como a maior parte das pessoas está em busca de amor e relacionamentos, ver uma versão dramatizada delas mesmas nessa busca sempre vai ter apelo."
No guia abaixo, estão listadas todas as comédias românticas originais da Netflix (lançadas até 10 de janeiro de 2019), classificadas por qualidade e nível de romance e humor. Selecione com quem você quer assistir às produções e conheça cada uma delas:
Para Todos os Garotos que Já Amei (2018)
Lara Jean (Lana Condor) sempre gostou de escrever cartas para os meninos de quem gostava, mas nunca as enviava. Até que, um dia, os bilhetes são misteriosamente mandados para seus destinatários, dando início a uma confusão generalizada na vida da jovem. Ela concorda até em manter um relacionamento de mentira com o popular Peter Kavinsky (Noah Centineo) para despistar outro rapaz.
Apesar de previsível, como quase toda comédia romântica, o longa tem personagens carismáticos que fogem com sucesso de alguns estereótipos adolescentes típicos do gênero – ainda que tímida, Lara Jean não é a pária da escola, nem Peter o valentão grosseiro que poderia ser, por exemplo.
O Casamento de Ali (2017)
O filme australiano é uma comédia romântica clássica no sentido de ritmo, humor, romance e montagem sem grandes ousadias. A diferença, para nós acostumados a elencos americanos, está em seus personagens: um inusitado grupo de refugiados mulçumanos. A trama é inspirada na história real do comediante Osamah Sami, um iraniano de pais iraquianos, que fugiram do Iraque por causa da perseguição do governo de Saddam Hussein. O refúgio no Irã não dura muito, e a família parte para a Austrália. É ali que o rapaz cresce e escreve o roteiro o filme.
Sami, que também protagoniza o longa, ironiza sem piedade a cultura na qual está inserido, enquanto narra o período em que mentiu sobre ter sido admitido num curso de medicina. Mesmo sem passar no teste, ele frequenta as aulas, onde se aproxima de uma jovem libanesa por quem se apaixona. A sequência de confusões e inverdades do rapaz é garantia de risos.
O Plano Imperfeito (2018)
Dois chefes infernais enlouquecem seus jovens assistentes. Eles decidem se unir em um plano para fazer com que os executivos se conheçam, se apaixonem, e os deixem em paz. O roteiro segue os moldes da típica comédia romântica dos anos 1990, com humor e romance em doses elevadas, protagonistas com sonhos bem detalhados, e uma amizade que se desenvolve em algo mais.
O elenco ainda conta com bons nomes, caso dos jovens protagonistas Zoey Deutch (do filme Antes que Eu Vá) e Glen Powell (da série Scream Queens e filmes como Estrelas Além do Tempo), e dos ótimos veteranos Lucy Liu (de As Panteras, Elementar, entre outros) e Taye Diggs (de Empire: Fama e Poder).
A Incrível Jessica James (2017)
O fim do relacionamento não tem sido fácil para Jessica James (Jessica Williams). Na tentativa de esquecer o ex e levar a vida adiante, ela decide dar uma chance aos encontros às escuras e marcados por aplicativos de namoro. Ao mesmo tempo em que busca se estabelecer como dramaturga, ela conhece Boone (Chris O'Dowd), que também levou um fora.
Mais comédia do que romance, o longa tem ar de filme indie e busca ir além dos clichês da comédia romântica. A produção é ancorada na atuação de Jessica Williams, que se tornou famosa como correspondente do programa de TV americano The Daily Show. A atriz constrói uma personagem cheia de carisma, inteligência e também falhas, o que a torna humana e compreensível.
Alex Strangelove (2018)
Alex Truelove (Daniel Doheny) é um adolescente que tem a vida toda certinha: notas altas, uma família que o ama e uma namorada linda. Pouco antes de tentar perder a virgindade com a moça, porém, ele conhece Elliot (Antonio Marziale), um garoto abertamente gay. Alex, então, começa a ter dúvidas sobre sua sexualidade e seus sentimentos.
É um filme que trata com sensibilidade e humor um período naturalmente delicado da vida de qualquer um, quando se sabe que não é mais criança, mas a vida adulta ainda não começou de fato. Jovens devem se identificar com os personagens e suas questões, que vão além da sexualidade e esbarram em temas como amizade, identidade e autoconfiança.
Eu Não Sou um Homem Fácil (2018)
Damien (Vincent Elbaz) é o típico cara bonitão e chauvinista que trata as mulheres ao redor como seres inferiores ou apenas como alvo de seus flertes. Certo dia, o rapaz bate com a cabeça em um poste e acorda em um mundo paralelo, onde os valores de gênero estão invertidos. Os corpos masculinos são objetificados, homens viram “donas de casa” e mulheres assumem postos de poder no trabalho e nos relacionamentos.
A mudança é de dar nó na cabeça e faz refletir na mesma medida em que provoca risos. Em determinado momento, ele se apaixona por Alexandra (Marie-Sophie Ferdane), um espelho do próprio rapaz nessa outra realidade: amparada pela beleza física e pela lábia, ela tem uma longa fila de homens conquistados, e prepara um livro para falar mal dos “masculistas”, a versão do filme para as feministas.
Sierra Burgess É uma Loser (2018)
A nerd fora dos padrões de beleza e a popular líder de torcida de inteligência fraca ganham uma nova roupagem neste filme liderado pelas revelações Shannon Purser, que ficou conhecida como Barb de Stranger Things, e Kristine Froseth, uma modelo que mostrou ter talento fora da passarela. Elas interpretam, respectivamente, Sierra e Veronica, duas garotas que se repelem, até o dia em que passam a precisar uma da outra.
Quando Jamey (Noah Centineo) pede a Veronica seu número de telefone, a moça se diverte dando o número da rival Sierra. Eles trocam mensagens, Sierra percebe que é tudo um grande engano, mas não interrompe a comunicação. Quando ele sugere encontros pessoalmente, ela requisita a presença de Veronica e, em troca, a ajuda a passar nas provas. O filme tem seu charme e um bom desenvolvimento, mas peca ao deixar a protagonista cometer erros bastante questionáveis. Mesmo assim, vale a sessão.
Las Leyes de la Termodinâmica (2018)
A comédia espanhola mistura linguagem de ficção e documentário para tentar corroborar as ideias do professor Manel (Vito Sanz), um físico que aplica teorias das leis da termodinâmica aos seus relacionamentos amorosos. Ele termina um namoro de longa data para ficar com Elena (Berta Vázquez), uma belíssima top model que calha de lhe dar bola. O romance engata, mas aos poucos se deteriora, e ele precisa se esforçar para conquistá-la novamente.
O filme tem uma construção interessante, apesar de se exceder nas explicações em torno da Física, mas ganha pontos pela boa edição fora de ordem cronológica e por algumas cenas de tom surreal. Os personagens secundários ajudam a completar a trama de forma dinâmica. Destaque para Pablo (Chino Darín, filho de Ricardo Darín), amigo cafajeste de Manel que é puxado para um romance inesperado.
Amor por Metro Quadrado (2018)
Primeira produção original da Netflix na Índia, o filme segue os moldes de Bollywood, com direito a cores, tradições locais, músicas envolventes e, claro, algumas dancinhas ritmadas. Na trama, Sanjay (Vicky Kaushal) mora com a família em um cubículo e quer muito uma casa própria. O sonho para um rapaz solteiro, contudo, é difícil. Ele pede aprovação de um financiamento na empresa onde trabalha, mas é negado por Karina (Angira Dhar), responsável pelo setor.
Na vida amorosa, ele está em um estranho caso com a própria chefe — que o chama de escravo. Já Karina tem um namorado que nunca a pede em casamento - e, quando ele finalmente revela seus planos, eles em nada agradam a moça que mora com a mãe. Sanjay e Karina, então, decidem fingir que são casados para pedir um empréstimo e comprar um apartamento.
Como Superar um Fora (2018)
Logo na primeira cena, Maria Fé (Gisela Ponce de León) recebe do namorado de longa data a notícia de que o relacionamento chegou ao fim. Detalhe: o término acontece em uma ligação de Skype, ele está na Espanha, ela no Peru. Os próximos minutos do filme seguem as primeiras 24 horas em que a moça se joga em todas as fases da tristeza, com álcool, choro, gritos, e terríveis áudios enviados pelo WhatsApp.
O término pauta todo o filme, que diverte com os excessos do sangue latino (os personagens de emoções à flor da pele poderiam muito bem ser brasileiros, por exemplo). O divertido e por vezes dramático processo de superação de Maria Fé conta com a ajuda de bons amigos, um trabalho desafiador e novos encontros por aplicativos de relacionamentos — tudo observado “de perto” pelo fantasma do ex-namorado que não sai da cabeça dela.
A Barraca do Beijo (2018)
Elle Evans (Joey King) e Lee Flynn (Joel Courtney) são amigos desde a maternidade e conseguiram manter a parceria até a adolescência, um teste e tanto para qualquer relação de infância. Com o intuito de manter o título de “melhores amigos”, os dois criam uma lista de regras. Entre elas está uma distância segura que deve ser mantida entre Elle e o irmão mais velho (e bem bonitão) de Lee, Noah (Jacob Elordi). Não é difícil imaginar que essa regra será a mais desafiadora, especialmente quando ela fica com a missão de gerenciar uma barraca de beijos em um evento da escola e precisa convencer o galã teen a participar.
O filme é inspirado no livro de mesmo nome da autora Beth Reekles, que criou a trama aos 15 anos de idade — hoje ela tem 23. Apesar de ter momentos divertidos e fofos, o longa é um típico exemplar do filão adolescente, o que pode deixar um espectador adulto levemente entediado.
Doce Argumento (2018)
Rivais dentro e fora do clube de debate de que participam no colégio, Lona Skinner (Sami Gayle) e Bennet Russell (Jacob Latimore) buscam se destacar nos estudos para entrar nas faculdades com que sonham desde crianças. Apesar do clima de competição, eles acabam se unindo para tentar vencer um torneio de debate nacional.
O filme tem nomes de peso no elenco adulto – Christina Hendricks, Uzo Aduba e Helen Hunt –, mas eles são, em sua maioria, mal aproveitados. O roteiro é fraco e os intermináveis debates, que compõem boa parte do longa, se tornam cansativos depois de algumas amostras. O casal principal tem até certo charme, mas não o suficiente para manter o interesse em sua história por muito tempo.
A Mala e os Errantes (2016)
Danny (Callum Turner) acaba envolvido em uma tramoia do irmão mais velho, que está preso. Ele precisa participar de um roubo mal explicado, mas sua tarefa é aparentemente simples: trocar maletas com uma pessoa no trem. O rapaz faz a troca, mas com a pessoa errada, e precisa reaver a maleta inicial em um prazo de 24 horas. Entre interceptar o objeto roubado e levá-lo ao trem, ele é transportado por Ellie (Grace Van Patten), a motorista do esquema. Quando tudo dá errado, a jovem se vê obrigada a ajudar Danny na missão de encontrar o objeto perdido.
O filme de tom indie tem um roteiro lento e previsível — que vai um pouco além da previsibilidade comum das comédias românticas, e decepciona no que promete ser o grande desfecho: afinal, o que raios há naquela maleta? A construção do romance é feita paulatinamente, deixando a aventura da dupla em primeiro plano.
Gostos e Cores (2018)
Simone (Sarah Stern) quer contar à sua conservadora família que é lésbica e que sua colega de apartamento que todos conhecem é, na verdade, sua companheira. Entre chances perdidas de falar a verdade, porém, ela começa a se apaixonar por outra pessoa, um homem, o que a coloca em profunda dúvida sobre a própria sexualidade.
Questões étnicas e religiosas também entram em jogo – o cozinheiro por quem Simone se apaixona é negro, ela é judia –, o que introduzem a ideia de casamentos arranjados. O longa busca ser moderno e tratar de temas atuais, mas o faz com certa displicência. Parece um projeto em desenvolvimento, que ainda precisa ser trabalhado e polido.
Quando Nos Conhecemos (2018)
Noah (Adam Devine) é perdidamente apaixonado por Avery (Alexandra Daddario), mas é considerado apenas mais um amigo pela moça. Três anos depois de se falarem pela primeira vez, o rapaz descobre um estranho poder em uma cabine de fotos instantâneas: voltar no tempo. Ele decide, então, retornar ao dia em que conheceu Avery para tentar mudar o desenrolar do encontro e transformar seu destino.
O filme de Ari Sandel (Duff: Você Conhece, Tem ou É) é até simpático em sua ideia inicial, mas se torna previsível e um tanto repetitivo do meio para o fim. Não foge das fórmulas manjadas de longas sobre viagens no tempo e nem das comédias românticas – o que seria ok, não fosse a total falta de empatia que o protagonista provoca. É simplesmente fácil demais não se importar com o que acontece com ele.
Feliz Aniversário de Casamento (2018)
Comédia romântica que se passa após o "felizes para sempre", o filme parece ter sido inspirado em (500) Dias com Ela (2009). Tem uma estrutura parecida, com vários flashbacks, e é protagonizado por um casal bonitinho, que de repente passa por uma crise. No aniversário de três anos de relacionamento com Sam (Ben Schwartz), Mollie (Noël Wells) passa a avaliar se ainda quer continuar com ele.
Feliz Aniversário de Casamento tem uma premissa diferente da maioria de seus pares e um casal protagonista forte. Mas faltam motivações reais a seus personagens, que estão servindo ao propósito do roteiro, mas não mostram argumentos que o tornem convincente.
Blockbuster (2018)
Ao descobrir que o início de seu namoro com Jéremy (Syrus Shahidi) não havia acontecido da maneira que ela pensava, Lola (Charlotte Gabris) se enfurece e termina o relacionamento. O rapaz, então, usa da criatividade para fazer um filme de super-heróis, gênero que a ex adora, para tentar convencê-la a voltar com ele.
O longa francês tem bons momentos, principalmente quando mostra a relação do protagonista com seu pai, que está com câncer terminal, internado em um hospital. O tom cômico também é garantido nas tramoias que Jéremy empreende com seus amigos para fazer o filme para Lola. Mas a história é um pouco superficial e seus personagens não têm o charme necessário que faça o público torcer por eles.
#RealityHigh (2017)
Dani Barnes (Nesta Cooper) é uma esforçada aluna no colégio e na clínica veterinária onde é voluntária. Tímida e desajeitada, sempre foi desprezada pelos colegas, até o momento em que o garoto mais popular – por quem ela secretamente é apaixonada – decide lhe dar bola. A partir daí, sua vida vira do avesso.
Feita sob medida para adolescentes, a produção claramente inspirada em Meninas Malvadas (2004) tem patricinhas e galãs, redes sociais e uma youtuber deslumbrada com a própria fama. O filme é uma reciclagem do começo ao fim de clichês do cinema teen americano, sem qualquer frescor.
Texto: Meire Kusumoto e Raquel Carneiro
Design e programação: Alexandre Hoshino, André Fuentes e Sidclei Sobral