A fórmula do Oscar

Os tabus, os grandes vencedores e as temáticas às quais a Academia de Hollywood não resiste. Navegue abaixo por gráficos e curiosidades da principal premiação do cinema

Para rir e chorar

Quer ganhar um Oscar? A dica é fazer um drama de época inspirado em uma história real — combinação de temas que faz sucesso com a Academia. O gráfico abaixo mostra, do lado esquerdo, a porcentagem dos gêneros premiados e, na coluna da direita, os laureados e quais temáticas eles misturavam no roteiro. Clique nas categorias e títulos para interagir com a imagem:

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Os vencedores

Conheça os 91 longas-metragens que fizeram história ao ganhar o Oscar de melhor filme. No sistema abaixo, digite o nome da produção no campo de busca, ou pesquise por década e/ou gênero.

A cara do filme

Homens brancos ganham com larga vantagem o protagonismo dos títulos vencedores. Dos 91 premiados, apenas No Calor da Noite, que ganhou em 1968; Conduzindo Miss Daisy, em 90; Crash - No Limite, premiado em 2006; 12 Anos de Escravidão, em 2014; Moonlight: Sob a Luz do Luar, em 2017 e Green Book: O Guia, em 2019, tinham importantes personagens negros. Indianos foram representados em Gandhi (1983) e Quem Quer Ser um Milionário? (2009); enquanto asiáticos protagonizavam O Último Imperador, celebrado em 1988.

Entre os filmes oscarizados, treze eram protagonizados por personagens femininas. O primeiro foi o musical Melodia na Broadway, vencedor em 1930, seguido por Grande Hotel (1932); Malvada (1951); Rebecca, A Mulher Inesquecível (1941); Gigi (1959); A Noviça Rebelde (1966); Laços de Ternura (1984); Entre Dois Amores (1986); Conduzindo Miss Daisy (1990); O Silêncio dos Inocentes (1992); Chicago (2003); Menina de Ouro (2005) e A Forma da Água (2018).

Em 16 outros títulos, elas dividiram o protagonismo com um homem ao formar um casal romântico: Cimarron (vencedor em 1931); Cavalgada (1934); Aconteceu Naquela Noite (1935); Do Mundo Nada se Leva (1939); …E o Vento Levou (1940); Rosa da Esperança (1943); Casablanca (1944); Sinfonia de Paris (1952); O Maior Espetáculo da Terra (1953); Marty (1956); Se Meu Apartamento Falasse (1960); Amor, Sublime Amor (1962); Minha Bela Dama (1965); Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1978); Titanic (1998); e Shakespeare Apaixonado (1999).

E, até o momento, apenas um filme (Moonlight) protagonizado por homossexuais venceu o Oscar.

Os fominhas

Três superproduções fizeram história ao bater o recorde de maior número de estatuetas ganhas em uma noite — boa parte dos prêmios eram voltados para categorias técnicas, como efeitos especiais. Outros três longas se destacaram por ganhar as cinco principais categorias do chamado “Big Five”: melhor filme, diretor, roteiro, ator e atriz.

Contexto importa

Temáticas sociais e políticas, o medo da violência e da guerra, e os bastidores do próprio showbiz são alguns dos argumentos que coincidem entre os vencedores do Oscar. Adaptação de obras literárias é outro elemento que faz sucesso em Hollywood. Afinal, nada como uma história pronta que já passou pelo crivo dos leitores — e futuro público da sala escura.

Combinação de sucesso

Raramente uma produção leva apenas o prêmio de melhor filme na festa do Oscar, prova de que o bom resultado é uma combinação de vários elementos, especialmente direção e roteiro. Dos 91 vencedores, 45 levaram na mesma noite os troféus de melhor diretor e roteiro, 21 combinaram filme e diretor, e 15 filme e roteiro. Dez longas levaram melhor filme sem premiar direção e roteiro, sendo três vencedores “apenas” do principal troféu da premiação.




Texto e edição: Raquel Carneiro
Reportagem: Mabi Barros, Meire Kusumoto e Rafael Aloi
Design e programação: Alexandre Hoshino, André Fuentes e Sidclei Sobral