O Conjunto Galo Preto acompanha o mangueirense Cartola no histórico show "Acontece" em 1978 (Arquivo / Agência O Globo)
Se no tempo de Donga, o autor de Pelo Telefone, primeira composição do gênero registrada em cartório — no dia 27 de novembro de 1916 —, o samba se confundia com o maxixe, ao longo dos 100 anos seguintes ele se mesclou a outros ritmos, e, sempre inquieto e criativo, foi se transformando e multiplicando em inúmeras versões e subgêneros. Dele nasceram o samba-canção, a bossa nova, o samba jazz e o pagode.
Os intérpretes e compositores retratados na reportagem de VEJA desta semana, de diferentes escolas e gerações da música brasileira, atestam a imortalidade do samba. Dos bambas Nelson Sargento, Monarco e Wilson das Neves, criados nas escolas Mangueira, Portela e Império Serrano, ao sangue novo representado por Diogo Nogueira e Pedro Miranda; do samba de terreiro de Martinho da Vila ao samba-canção de Jorge Aragão, compositor de grande influência sobre os novos sambistas de São Paulo; do partido-alto de Zeca Pagodinho ao samba nobre de Paulinho da Viola e à força das vozes femininas de Beth Carvalho e Alcione, este matreiro senhor chega aos 100 anos vivo e sacudido. O samba, do alto de seu centenário, pede passagem.
Abaixo, as 100 melhores músicas da história do samba escolhidas pela equipe de VEJA