Cronologia

Na trilha da
Operação Lava Jato

17 de março de 2014

O MARCO ZERO

17 de março de 2014

O MARCO ZERO

A Polícia Federal deslancha operação contra lavagem de dinheiro em dezessete cidades de seis Estados e no Distrito Federal. Os alvos da operação são “alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio”, segundo a PF. Ou seja, doleiros a serviço das mais diversas traficâncias: sonegação fiscal, evasão de divisas, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, corrupção de agentes públicos, tráfico internacional de drogas etc. O marco zero da operação é o Posto da Torre (foto), a cerca de três quilômetros do Congresso, apontado pelos investigadores como uma espécie de “caixa eletrônico da propina”. É a ele que a operação deve seu nome – embora, a rigor, não houvesse ali nenhum lava-jato, mas uma lavanderia e uma casa de câmbio, fechada pela PF. Trinta pessoas foram presas nesta primeira fase, incluindo velhos conhecidos da Justiça: o mensaleiro Enivaldo Quadrado; o doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto; a doleira Nelma Kodama (no aeroporto, tentando fugir do país com 200.000 euros na calcinha, segundo a PF); e Alberto Youssef, um dos principais personagens da CPI do Banestado, de 2003, que à época foi poupado da prisão em razão de um acordo de delação. Certo de pegar uma dura sentença, Youssef não demora a tentar uma nova colaboração com a Justiça e decide contar o que sabe, começando pelos serviços prestados a um certo Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, a quem deu um jipe Land Rover de 200.000 reais.

NÚMEROS, em 17 de março de 2014

Cotação do Dólar

R$2,35

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$11,84

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

21%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Eu recebia as propinas das empreiteiras e fazia os repasses (...) Quem deixasse de pagar, não teria aquela ajuda nos contratos (da Petrobras)”

Alberto Youssef, em depoimento à Justiça em 29 de abril de 2015

VÍDEO

Eu pagava o dr. Paulo Roberto Costa (diretor da Petrobras) ou pessoas que ele indicava”

Alberto Youssef, em depoimento à Justiça em 29 de abril de 2015

ÁUDIO

Foram cerca de 10 bilhões desviados”

Entrevista coletiva da PF sobre a Lava Jato, em 17 de março de 2014

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20 de março de 2014

Segredos de Paulinho

20 de março de 2014

Segredos de Paulinho

Três dias depois de Alberto Youssef, vai preso o engenheiro Paulo Roberto Costa (foto), funcionário de carreira da Petrobras que em 2004 chegou ao comando da poderosa diretoria de Refino e Abastecimento da estatal por indicação do PP – e com aval do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o chamava carinhosamente de Paulinho. Quando foi levado preso – sob a acusação de tentar destruir ou ocultar provas da Lava Jato –, Costa já tinha deixado o emprego na Petrobras e aberto sua própria consultoria, assumindo as vezes de lobista. Em sua casa foram apreendidos em espécie mais de 700.000 reais, 180.000 dólares e 10.000 euros. Para a PF, Paulinho é uma espécie de caixa-preta da Petrobras. Para o governo e os partidos da base aliada, é um homem-bomba. Para a oposição, é mais um motivo para averiguar em CPI as suspeitas que já pesavam sobre a estatal mesmo antes da Lava Jato, como a estranhíssima aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), e os fartos indícios de superfaturamento de contratos com a gigante holandesa SBM Offshore.

NÚMEROS, em 20 de março de 2014

Cotação do Dólar

R$2,34

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$13,17

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

21%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

A diretoria de Abastecimento auferia em média 1% dos valores dos contratos”

Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça em 28 de abril de 2015

VÍDEO

Do 1%, 60% ia para o PP, 20% para despesas em geral e 20% era parte para mim, parte para (o ex-deputado José) Janene (...). Teve reunião que ele (Janene) apertou as empresas”

Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça em 28 de abril de 2015

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11 de abril de 2014

No coração da Petrobras

11 de abril de 2014

No coração da Petrobras

A terceira fase da Lava Jato mira os contratos intermediados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Policiais recolhem documentos na sede da estatal (foto), no Centro do Rio, e em uma unidade da empresa em Macaé (RJ). A então presidente da estatal, Graça Foster, recebe pessoalmente os agentes, que já não têm dúvidas de que Paulinho recebia propina vendendo facilidades na empresa. A essa época, o doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba, ainda fazia segredo de sua clientela, mas os investigadores já reuniam fartas provas de sua proximidade com Costa e com o mundo político. Agenda, planilhas, e-mails e outros documentos apreendidos pelos agentes já permitem delinear um consórcio criminoso montado para fraudar contratos na estatal, enriquecer intermediários e membros da quadrilha e financiar políticos e partidos. Começam a surgir citações a empreiteiras, como UTC, Queiroz Galvão e Engevix, e políticos, como o ex-presidente Fernando Collor de Mello, em favor de quem é encontrado o recibo de um intrigante depósito bancário de 8.000 reais; o então vice-presidente da Câmara, o petista André Vargas, com quem o doleiro trocava mensagens sobre esquemas que valeriam a “tua (de Vargas) independência financeira e nossa também, é claro”; e uma série de atuais e ex-parlamentares do PP que Youssef recebia em seu escritório em São Paulo, entre eles Mário Negromonte, João Pizzolatti, Arthur Lira e também Pedro Corrêa, condenado no mensalão, a quem um dos emissários de Youssef, Rafael Ângulo, confessaria entregar até 200.000 reais por mês.

NÚMEROS, em 11 de abril de 2014

Cotação do Dólar

R$2,20

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$16,19

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

25%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

A regra básica era assim: 1% para o PT, 1% para a casa (executivos da Petrobras e intermediários). (A 'casa') podia ser uma parte para o Renato Duque, outra para mim. Se tivesse um operador, era 40% para o Duque, 30% para mim, 30% para o operador”

Pedro Barusco, em depoimento à Justiça em 14 de julho de 2015

VÍDEO

'Entreguei (dinheiro a Pedro Correa) pessoalmente, com frequência (...) no escritório de Alberto (Youssef), na residência, no apartamento funcional de Pedro Corrêa (...) 150 a 200 mil (por mês, em média)”

Rafael Ângulo, depoimento à Justiça em 24 de agosto de 2015

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11 de junho de 2014

A segunda prisão do homem-bomba

11 de junho de 2014

A segunda prisão do homem-bomba

Solto em maio por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, Paulo Roberto Costa (foto) volta para a prisão em junho na quarta fase da Lava Jato, por determinação do juiz federal Sergio Moro, titular de vara criminal especializada em lavagem de dinheiro e crime organizado. A decisão atende ao pedido da PF e do MP, que alertaram para o risco de fuga: o engenheiro vinha ocultando da Justiça que possuía pelo menos 23 milhões de dólares na Suíça, que movimentou por meio de empresas offshore e contas bancárias em seu nome e no de suas filhas e genros. No despacho da prisão, Moro põe Costa pela primeira vez no caminho da investigação da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Na véspera da prisão, blindado pela base governista, Costa havia opinado em depoimento à CPI mista da Petrobras que a aquisição da refinaria, “na época, foi um bom negócio”.

NÚMEROS, em 11 de junho de 2014

Cotação do Dólar

R$2,23

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$18,88

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

28%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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1 de julho de 2014

O laranjal de Youssef

1 de julho de 2014

O laranjal de Youssef

Dois operadores do doleiro Alberto Youssef (foto) são presos em São Paulo. Segundo os investigadores, João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado é o responsável por gerenciar contas de Youssef no exterior – autoridades suíças já haviam bloqueado em maio milhões de dólares em contas de offshores mantidas por ele, pelas quais transitaram recursos em favor de Paulo Roberto Costa e outros beneficiários do esquema. Já Iara Galdino da Silva, doleira da confiança de Nelma Kodama, presa na primeira fase da Lava Jato, é apontada como responsável por abrir empresas de fachada usadas para disfarçar os repasses.

NÚMEROS, em 1 de julho de 2014

Cotação do Dólar

R$2,20

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$17,19

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

26%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

(Alberto Youssef) pediu para abrir essas contas no exterior para fazer captação de recursos”

João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, em depoimento à Justiça em 11 de maio de 2015

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22 de agosto de 2014

Petrolão!

22 de agosto de 2014

Petrolão!

No Rio, a Polícia Federal mira empresas de Paulo Roberto Costa e familiares. Nesta fase, quem entra no radar da PF é Marcelo Barbosa Daniel, sócio de Humberto Mesquita, um dos genros do ex-diretor da Petrobras - os próprios genros e as filhas de Costa já estavam no radar dos investigadores. Daniel comanda empresas que receberam mais de 6 milhões de reais em pagamentos suspeitos feitos por fornecedores da estatal. O Ministério Público suspeita que as firmas tenham sido usadas para dar uma aparência legítima a pagamentos de propina ao ex-diretor. Com o cerco fechado sobre toda a família, Costa firma ainda em agosto o primeiro acordo de delação premiada da Lava Jato – ele, a mulher, as duas filhas e os genros –, costurado pela criminalista Beatriz Catta Preta. Seus depoimentos porão na mira da PF outros executivos da Petrobras, empreiteiras, políticos e uma longa lista de operadores do esquema, muitos dos quais também optarão por contar o que sabem aos investigadores. Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, é o primeiro executivo a aderir à colaboração premiada e admitir as fraudes e o pagamento de propinas. A essa época, o escândalo já tem o nome de petrolão: um esquema de fraudes montado na Petrobras para financiar partidos aliados e encher o bolso dos atravessadores.

NÚMEROS, em 22 de agosto de 2014

Cotação do Dólar

R$2,27

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$20,92

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

29%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

As empresas se reuniam periodicamente e escolhiam entre elas quais teriam preferência. A partir de 2003, 2004, o grupo teve mais sucesso”

Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, em depoimento à Justiça em 14 de julho de 2015

VÍDEO

(O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato) Duque pediu que eu procurasse (o ex-tesoureiro do PT João) Vaccari e fizesse contribuições diretamente ao PT”

Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, em depoimento à Justiça em 14 de julho de 2015

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14 de novembro de 2014

O clube do bilhão

14 de novembro de 2014

O clube do bilhão

Batizada de “Juízo Final”, esta nova fase da Lava Jato atinge em cheio as empreiteiras reunidas no chamado “clube do bilhão”. Ao todo, foram expedidos 85 mandados: seis de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, além do DF. Com base nos depoimentos de Costa, Youssef e outros operadores do esquema de lavagem, os investigadores chegam ao “coração financeiro” do sistema eleitoral do país. E vão para trás das grades: Ricardo Pessoa (foto), dono da UTC e apontado chefe do clube; Leo Pinheiro, presidente da OAS; Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da Iesa; Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa, o vice Eduardo Hermelino Leite e o presidente do conselho, João Auler; Gerson Almada, vice-presidente da Engevix; Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da Galvão Engenharia; Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior; Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão, e Othon Zanoide, da subsidiária Vital Engenharia, entre outros. Também vai para a cadeia outro antigo mandachuva da Petrobras, Renato Duque, que comandou a Diretoria de Serviços da Petrobras por indicação do petista José Dirceu e foi demitido no mesmo ano que “Paulinho” Roberto Costa. A PF suspeita que Duque esteja para o PT assim como Costa para o PP. Ou seja, os contratos firmados em sua diretoria abasteceriam o partido no poder desde 2003 – ano em que Duque, aliás, foi nomeado diretor. Um antigo subordinado, o ex-gerente de engenharia Pedro Barusco, também entra no radar da PF, mas não chega a ser preso, por acordo de delação premiada. Quem tem a prisão decretada nesta fase é o lobista Fernando Soares, apontado como o operador do PMDB no esquema.

NÚMEROS, em 14 de novembro de 2014

Cotação do Dólar

R$2,61

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$13,20

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

20%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Independente do pacto de não agressão ou arranjo entre as empresas, você era procurado para pagar (propina) (...) Era a regra do jogo”

Ricardo Pessoa, em depoimento à Justiça em 2 de setembro de 2015

VÍDEO

(Renato) Duque me procurou e disse que eu tinha que fazer contribuições políticas, e essas contribuições teriam que ir através de (João) Vaccari (...) Eu depositava oficialmente na conta do PT”

Ricardo Pessoa, em depoimento à Justiça em 2 de setembro de 2015

VÍDEO

Todas (as empresas) pagavam (...), era uma obrigação (...) 1% para a (Diretoria de) Abastecimento, 1% para (a de ) Serviços”

Dalton dos Santos Avancini, em depoimento à Justiça em 31 de agosto de 2015

VÍDEO

A gente entrava numa rodovia chamada Petrobras, que tinha pedágios. Você está trafegando, você tem que pagar”

Gerson Almada, em depoimento à Justiça em 17 de março de 2015

VÍDEO

Foram 63 milhões de reais para a Diretoria de Serviços, 47 milhões de reais para a de Abastecimento”

Eduardo Leite, em depoimento à Justiça em 4 de maio de 2015

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14 de janeiro de 2015

Regra de três

14 de janeiro de 2015

Regra de três

Mais um ex-diretor da Petrobras é preso: Nestor Cerveró (foto), da área internacional da estatal, um dos responsáveis pela desastrosa compra da refinaria de Pasadena. Ele é detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Zona Norte do Rio, vindo de Londres. No pedido de prisão preventiva, em que alega existirem "fortes indícios" de que o ex-diretor continue praticando crimes, o Ministério Público cita o resgate de 463.000 reais de um fundo em nome de Cerveró para outro em favor de sua filha, com prejuízo de mais de 100.000 reais na operação; a tentativa de sacar o dinheiro dois dias depois de ser denunciado; e a transferência de três imóveis a familiares "em valores nitidamente subfaturados". Na regra de três do petrolão, os investigadores se convencem de que Cerveró, à frente da diretoria internacional da Petrobras, estava para o PMDB assim como Renato Duque (Serviços) para o PT e Paulo Roberto Costa (Refino e Abastecimento) para o PP.

NÚMEROS, em 14 de janeiro de 2015

Cotação do Dólar

R$2,62

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,74

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

24%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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5 de fevereiro de 2015

A queda de ‘Moch’

5 de fevereiro de 2015

A queda de ‘Moch’

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto (foto), é o principal alvo da nona fase da Lava Jato, batizada My Way, em referência ao codinome que o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco usava para se referir em suas planilhas de controle ao diretor Renato Duque, seu chefe. A PF chega cedo à porta do petista, com ordem para levá-lo à delegacia a fim de prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no petrolão. Vaccari recusa-se a abrir o portão, e os agentes pulam o muro para conduzi-lo à sede da PF em São Paulo, onde nega tudo. A ação é motivada por informações passadas em acordo de delação premiada por Barusco, segundo quem as fraudes na Petrobras carrearam para o PT entre 150 milhões a 200 milhões de dólares. Segundo Barusco, o principal operador do partido era mesmo Vaccari, chamado por ele de "Mochila", por andar sempre com uma mochila a tiracolo, e identificado como "Moch" nas planilhas do petrolão. Também são alvos desta fase outros dez operadores que providenciavam os pagamentos de propina efetuados pelas empreiteiras que integravam o clube do bilhão, entre eles Milton Pascowitch e Mario Goes.

NÚMEROS, em 5 de fevereiro de 2015

Cotação do Dólar

R$2,73

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$9,80

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

44%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Na Diretoria de Serviços, o contato era Vaccari”

Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça em 28 de abril de 2015

VÍDEO

Barusco me procurou para ajudar a receber valores (porque) minha companhia tinha nome no mercado (...) Era o instrumento para receber pagamentos”

Mario Goes, em depoimento à Justiça em 3 de agosto de 2015

VÍDEO

Estive uma dezena de vezes com Vaccari (...) Tinha uma agenda ligada aos contratos da companhia, os problemas, as propinas, os novos projetos, as novas licitações”

Pedro Barusco, em depoimento à Justiça em 14 de julho de 2015

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16 de março de 2015

O país da Lava Jato

16 de março de 2015

O país da Lava Jato

Solto em dezembro, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque (foto) volta a ser preso na décima fase da operação, batizada de “Que país é esse?” - referência à frase que ele teria dito a seu advogado em novembro passado, quando foi preso pela primeira vez. A essa altura, os investigadores já colecionam uma série de relatos de fraudes na diretoria comandada pelo homem da confiança do ex-ministro José Dirceu. O mais recente deles é o do engenheiro Shinko Nakandakari, que admite à Justiça que entregou propina a Duque, em dinheiro vivo, pessoalmente. A prisão do antigo diretor da Petrobras é decretada quando a força-tarefa da Lava Jato encontra em Mônaco a fortuna que ele limpou de contas na Suíça. Vinte milhões de euros são bloqueados. O MP também encontra em Mônaco 10 milhões de euros pertencentes a outro ex-diretor da Petrobras, Jorge Zelada, sucessor de Nestor Cerveró na diretoria da área internacional. Além de Duque, vai preso o empresário Adir Assad, suspeito de atuar na lavagem de pelo menos 40 milhões de reais em dinheiro desviado de obras da refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR). Assad é velho conhecido da Justiça: foi um dos investigados pela CPI do Cachoeira e um dos alvos de inquérito da Polícia Federal nas investigações sobre a empreiteira Delta.

NÚMEROS, em 16 de março de 2015

Cotação do Dólar

R$3,22

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,46

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

62%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Tinha o trabalho técnico, e o trabalho de entregar propina”

Shinko Nakandakari, em depoimento à Justiça em 5 de março de 2015

VÍDEO

Paguei diretamente a Renato Duque (em hotéis em Ipanema e Copacabana)”

Shinko Nakandakari, em depoimento à Justiça em 5 de março de 2015

VÍDEO

Fiz a delação pelos meus filhos”

Shinko Nakandakari, em depoimento à Justiça em 5 de março de 2015

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10 de abril de 2015

Os primeiros políticos presos

10 de abril de 2015

Os primeiros políticos presos

A polícia prende os ex-deputados federais André Vargas (ex-PT-PR, foto) e Luiz Argôlo (SD-BA). Eles foram os primeiros parlamentares flagrados em conversas nebulosas com o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do petrolão, daí esta fase da operação ter sido batizada “A Origem”. Em vez da Petrobras, a força-tarefa da Lava Jato identifica indícios de fraudes no Ministério da Saúde e na Caixa Econômica Federal. Segundo os investigadores, a agência de publicidade Borghi Lowe repassava 10% dos contratos com o governo e o banco estatal para duas empresas de fachada ligadas a Vargas – que já vinha sendo investigado por tráfico de influência na Saúde em favor do laboratório Labogen. Contra Argôlo, a PF reúne evidências de que ele emitiu notas fraudulentas para receber dinheiro do propinoduto montado pelo doleiro, que bancava suas mais variadas despesas, incluindo helicóptero e IPTU. Também vão presos assessores políticos, Leon Vargas, irmão do petista, e o publicitário Ricardo Hoffmann, da Borghi Lowe. O juiz Sergio Moro também decreta a prisão preventiva do ex-deputado mensaleiro Pedro Corrêa (ex-PP-PE), que cumpria pena em regime semiaberto em Pernambuco e é transferido para Curitiba. Segundo a PF, laudo pericial comprova depósitos de Youssef em favor de Corrêa e assessores do PP, partido que presidiu. Enredados desde a primeira hora do escândalo, Vargas e Argôlo a essa altura já haviam deixado a Câmara e, por extensão, perdido o foro especial por prerrogativa de função. Outros 34 parlamentares da “lista de Janot”, como ficaram conhecidos os alvos da suspeita da Procuradoria-Geral da República, já respondem a inquéritos que um mês antes o Supremo Tribunal Federal mandou abrir.

NÚMEROS, em 10 de abril de 2015

Cotação do Dólar

R$3,07

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$11,82

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

60%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Jamais tive participação em ato ilício. Sempre defendi o Paraná”

André Vargas, em depoimento à Justiça em 12 de agosto de 2015

VÍDEO

Youssef tinha essa facilidade para se vender. Mas sempre tinha esse escorrego”

Luiz Argôlo, em depoimento à Justiça em 10 de setembro de 2015

VÍDEO

Não foi decisão minha. Eles (da cúpula da agência) disseram que não tinha como fazer doação eleitoral (a André Vargas) e que a única maneira seria transferir o bônus de volume”

Ricardo Hoffmann, em depoimento à Justiça em 12 de agosto de 2015

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15 de abril de 2015

'Moch' atrás das grades

15 de abril de 2015

'Moch' atrás das grades

O tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto (foto), é preso em São Paulo e levado para a carceragem da PF em Curitiba. Segundo cinco delatores do petrolão, “Moch” era o operador de propinas em favor do PT. Segundo empreiteiros, parte do butim era depositada na forma de doações eleitorais, parte alimentava o caixa dois das campanhas petistas, tanto de Lula como de Dilma. Os investigadores sustentam haver indícios, por exemplo, de que o tesoureiro usou uma gráfica ligada ao partido – e punida em 2010 por propaganda ilegal – para receber milhões desviados da Petrobras e da Sete Brasil. A prisão de Vaccari, homem de confiança de Lula, amplia a crise no governo e o embaraço do PT, que teve dois tesoureiros presos em menos de dois anos.

NÚMEROS, em 15 de abril de 2015

Cotação do Dólar

R$3,06

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$13,33

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

60%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Procurei Vaccari na sede do PT em SP (...) Abati os débitos da diretoria de Serviços”

Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, em depoimento à Justiça em 14 de julho de 2015

VÍDEO

Paguei Barusco, e Duque sempre me encaminhou para o sr. Vaccari”

Ricardo Pessoa, em depoimento à Justiça em 2 de setembro de 2015

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21 de maio de 2015

O lobista e o consultor

21 de maio de 2015

O lobista e o consultor

Na 13ª fase da Lava Jato, a Polícia Federal prende o lobista Milton Pascowitch (foto), ligado ao ex-ministro José Dirceu, sob a suspeita de intermediar o pagamento de propinas a partir de contratos da Engevix com a Petrobras. Pascowitch já vinha sendo investigado pelo Ministério Público por usar a empresa de fachada Jamp Engenheiros Associados para lavar dinheiro do petrolão. Dois meses antes, a força-tarefa da Lava Jato havia pedido sua prisão, mas à época o juiz Sérgio Moro achou os indícios insuficientes. No meio tempo, os investigadores encontraram evidências de que o lobista continuava lavando o dinheiro da corrupção, valendo-se de contas no exterior. São identificados pagamentos da Jamp à JD Assessoria e Consultoria, empresa de Dirceu, e em favor de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e do delator Pedro Barusco, subordinado a Duque. Para a PF, Dirceu mantinha consultorias de fachada para tomar dinheiro de empreiteiros. Segundo as investigações, Pascowitch mirava principalmente a Diretoria de Serviços, de Duque, mas também se aproximou da área de Exploração e Produção, que entra de vez no radar da PF. Essa diretoria é responsável pelas sondas e as cobiçadas consultorias do pré-sal - é “aquela diretoria que fura poço”, como definiu em 2005 o então presidente da Câmara Severino Cavalcanti, do PP.

NÚMEROS, em 21 de maio de 2015

Cotação do Dólar

R$3,02

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$13,45

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

60%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Aparecia o nome de todo mundo (...). O nome dele (Dirceu) aparecia, mas se ele efetivamente recebeu... eu não me envolvia”

Pedro Barusco, em depoimento à Justiça em 14 de julho de 2015

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19 de junho de 2015

Para todos: a vez da Odebrecht

19 de junho de 2015

Para todos: a vez da Odebrecht

As construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez, as maiores do país, são os alvos da 14ª fase da Operação Lava Jato, chamada “Erga Omnes”, expressão latina que significa "para todos" e que nos tratados jurídicos é usada para preconizar um dos pilares do sistema democrático: ninguém está acima da lei. São presos Marcelo Odebrecht (foto), presidente e herdeiro da empresa que leva seu sobrenome, e Otávio Azevedo, o principal executivo da Andrade Gutierrez, além de dez operadores e executivos das empresas. O Ministério Público estima que as duas gigantes capitaneavam o cartel de empresas que abocanhava os principais contratos da Petrobras e pagava propina a funcionários da estatal e políticos – no mínimo 764,75 milhões de reais, segundo estimativa dos investigadores, valendo-se de contas no exterior e empresas offshore. A nova fase da operação expõe também a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor das empreiteiras no exterior. Mensagens descobertas pela Polícia Federal mostram que os empreiteiros exerciam influência sobre a agenda de Lula e usavam o prestígio dele para facilitar negócios em diversos países. Em contrapartida, o ex-presidente e alguns de seus familiares foram muito bem recompensados. A aliados, o petista confidencia, no mesmo dia da prisão dos empreiteiros, segundo a Folha de S.Paulo, que ele é o próximo alvo.

NÚMEROS, em 19 de junho de 2015

Cotação do Dólar

R$3,07

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$13,17

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

60%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Odebrecht, sim, pagou várias contas lá fora, de várias pessoas”

Alberto Youssef, em depoimento à Justiça em 29 de abril de 2015

VÍDEO

Os depósitos na Suíça foram todos feitos pela Odebrecht”

Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça em 28 de abril de 2015

VÍDEO

Eu tenho certeza (dos depósitos) da Zagope Angola (subsidiária da empresa Zagope, do grupo Andrade Gutierrez)”

Mario Goes, em depoimento à Justiça em 3 de agosto de 2015

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2 de julho de 2015

A 'camarilha dos quatro'

2 de julho de 2015

A 'camarilha dos quatro'

A Polícia Federal prende o último membro da “camarilha dos quatro”, o quarteto de ex-diretores da Petrobras envolvidos no escândalo do petrolão. É Jorge Zelada (foto), que sucedeu Nestor Cerveró na área internacional da estatal. A nova fase da Lava Jato chama-se Conexão Mônaco, porque foi nesse principado que os investigadores localizaram milhões de euros em contas secretas. O Ministério Público detectou movimentações financeiras mesmo depois do início da operação, o que levou à força-tarefa a acreditar que Zelada estivesse tentando esconder os valores da Justiça. Além de 11 milhões de euros em Mônaco, Zelada tentou enviar pelo menos 1 milhão de dólares para a China. Segundo o MP, essa fase encerra o cerco às três diretorias da estatal capturadas pelo esquema de fraudes: Abastecimento (Paulo Roberto Costa), Serviços (Renato Duque) e Internacional (Zelada e, antes dele, Nestor Cerveró).

NÚMEROS, em 2 de julho de 2015

Cotação do Dólar

R$3,11

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$12,30

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

65%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Eu e o (Jorge) Zelada tínhamos um acerto de contas (...) Paguei em espécie ao Zelada algumas vezes (...). Ele também tinha conta no exterior”

Pedro Barusco, em depoimento à Justiça em 14 de setembro de 2015

VÍDEO

Não se chega à diretoria da Petrobras sem apoio político (...), em troca de algum retorno para o partido. Falava-se que tinha esse pedágio (na diretoria Internacional)”

Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça em 14 de setembro de 2015

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14 de julho de 2015

Aqui estamos

14 de julho de 2015

Aqui estamos

A Operação Politeia, referência à 'República', de Platão, é considerada um desdobramento da Lava Jato, não uma fase dela. São os primeiros mandados referentes a inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal, não na 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba. Isso porque os alvos da PF são autoridades com foro especial por prerrogativa de função: os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE); o atual deputado Eduardo da Fonte (PP-PE); e os ex João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA). São 53 mandados de busca e apreensão: HDs, documentos, joias, relógios, duas obras de arte, quatro milhões de reais em espécie, alguns milhares de dólares e euros e oito veículos, entre os quais reluzem três carrões de Collor levados da célebre Casa da Dinda (foto), em Brasília: um Lamborghini Aventador top de linha (3,5 milhões de reais), uma Ferrari vermelha (1,5 milhão de reais) e um Porsche (700.000 reais). Todos os políticos são investigados sob suspeita de se beneficiar das fraudes na Petrobras. Em nota, o procurador-geral da República diz que as medidas visam a resguardar “provas relevantes que poderiam ser destruídas” e “bens adquiridos com possível prática criminosa” e conclui com um recado em latim aos corruptos: “Adsumus (aqui estamos)”. Também foi alvo da Politeia o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União Aroldo Cedraz. Tiago foi citado em depoimentos do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia e um dos delatores da Operação Lava Jato. Segundo ele, o filho do presidente do TCU recebia 50.000 reais mensais para repassar à empreiteira informações de seu interesse na corte de contas.

NÚMEROS, em 14 de julho de 2015

Cotação do Dólar

R$3,12

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$12,00

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

65%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

GALERIA

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28 de julho de 2015

Eletrolão!

28 de julho de 2015

Eletrolão!

A Lava Jato mira fraudes em contratos de outra estatal: a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Batizada Radioatividade, essa operação tem também como objetivo investigar formação de cartel, pagamento de propina a empregados da estatal e o prévio ajustamento de licitações nas obras da Angra 3 (foto). São presos o vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, acusado de receber 4,5 milhões de reais em propina, e Flavio David Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, entre outros executivos. A ação da PF é motivada por informações prestadas pelo executivo Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, em acordo de delação premiada. Segundo ele, o cartel de empreiteiras formado na Petrobras continuava a se reunir para discutir o pagamento de propinas mesmo depois do estouro do petrolão.

NÚMEROS, em 28 de julho de 2015

Cotação do Dólar

R$3,38

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$9,97

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

65%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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3 de agosto de 2015

Pixuleco: Dirceu preso

3 de agosto de 2015

Pixuleco: Dirceu preso

Nove meses após deixar o presídio da Papuda para cumprir prisão domiciliar, o ex-ministro-chefe da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu (foto) volta para a cadeia na 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada “pixuleco” – termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para se referir à propina. De acordo com a força-tarefa da operação, Dirceu é um dos responsáveis por instituir e liderar o esquema de fraudes na Petrobras. Também vai preso o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e o faz-tudo Roberto Marques, o Bob. Após mais de 500 dias da Operação Lava Jato, os indícios de participação de Dirceu são vastos. Ele é apontado destinatário de polpudas propinas pagas por empreiteiros ao longo dos anos. Os favores entre os gigantes da construção e o ex-ministro eram camuflados, segundo o Ministério Público, por meio da empresa JD Consultoria e Assessoria, criada para simular a prestação de serviços de prospecção de negócios – os depósitos caíram na conta do petista mesmo após a condenação por corrupção no julgamento do mensalão. Cinco gigantes da construção civil que integram o já notório clube do bilhão desembolsaram, no período de 2006 a 2013, pelo menos 8 milhões de reais para a JD Consultoria. Um dos delatores que complicaram Dirceu foi o ex-executivo da Toyo Setal da Toyo Setal Júlio Camargo, que admitiu ter repassado R$ 4 milhões ao ex-ministro por intermédio do irmão do petista e do lobista Milton Pascowitch. Camargo também delatou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o operador, o peemedebista cobrou 5 milhões de dólares do esquema de fraudes na Petrobras, informação que Camargo havia omitido em depoimentos anteriores e que Cunha nega – mas que outros alvos da Lava Jato corroboram.

NÚMEROS, em 3 de agosto de 2015

Cotação do Dólar

R$3,44

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$10,02

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

65%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Renato Duque me autorizou a repassar R$ 4 milhões a José Dirceu”

Júlio Camargo, em depoimento à Justiça em 14 de julho

VÍDEO

O deputado (Eduardo Cunha) foi amistoso, mas disse que havia um débito de US$ 5 milhões”

Júlio Camargo, em depoimento à Justiça em 16 de julho

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13 de agosto de 2015

Pixuleco 2: suspeita no Planejamento

13 de agosto de 2015

Pixuleco 2: suspeita no Planejamento

Com base em informações obtidas na fase Pixuleco, a força-tarefa da Lava Jato lança a Pixuleco 2 e prende Alexandre Corrêa de Oliveira Romano (foto), ex-vereador de Americana (SP) pelo PT, entre os anos de 2001 e 2004, conhecido como Chambinho. Nessa etapa, outro feudo petista entra na mira da PF: o Ministério do Planejamento. De acordo com os agentes, Chambinho “coletou” 40 milhões de reais da empresa Consist, que prestava serviço de computação ao Ministério do Planejamento. Os desvios começaram em 2010, segundo os investigadores, quando o ministério era comandado por Paulo Bernardo. Seguindo o dinheiro, a polícia descobriu que a propina arrecadada tinha entre os beneficiários pessoas muito próximas ao ministro e à sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann, ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma.

NÚMEROS, em 13 de agosto de 2015

Cotação do Dólar

R$3,50

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$9,51

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

71%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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21 de setembro de 2015

Ninguém dorme

21 de setembro de 2015

Ninguém dorme

No rastro das pistas levantadas nas 15ª, 16ª e 17ª fases, a PF prende um dos donos da construtora Engevix José Antunes Sobrinho, o Turco. Na semana anterior, o juiz Sergio Moro já havia aceitado denúncia contra ele por indícios de que atuou no esquema de pagamento de propina ao grupo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O nome de Sobrinho também apareceu na fase da Lava Jato que chegou ao setor elétrico e descobriu o pagamento de propinas ao vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da estatal Eletronuclear. Também vai preso o engenheiro João Augusto Henriques, suspeito de atuar em nome do PMDB nos desvios da Petrobras e movimentar mais 30 milhões de dólares em pixulecos – a expressão de Vaccari para propina, que a essa altura do escândalo já batiza um boneco de Lula caracterizado como presidiário (foto). Entre os beneficiários do esquema, Henriques cita o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Essa fase da Lava Jato é batizada Nessun Dorma, latinismo para 'ninguém dorme'.

NÚMEROS, em 21 de setembro de 2015

Cotação do Dólar

R$3,98

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$7,30

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

71%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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16 de novembro de 2015

O prejuízo da ‘ruivinha’

16 de novembro de 2015

O prejuízo da ‘ruivinha’

Na 20ª fase da Lava Jato, chamada 'Corrosão', a Polícia Federal mira ex-funcionários da Petrobras suspeitos de fraudar contratos das refinarias Abreu e Lima (Pernambuco) e Pasadena (Texas, EUA), que era conhecida como 'ruivinha', dado o avançado estado de deterioração. Os alvos surgiram das delações dos lobistas Fernando Soares, o Baiano, e Mário Góes. Cinco pessoas são obrigadas a depor e duas vão presas: o ex-gerente-executivo de Engenharia da Petrobras Roberto Gonçalves, sucessor de Pedro Barusco na estatal, e o doleiro Nelson Martins Ribeiro. Para os procuradores da força-tarefa, as investigações podem resultar na anulação da compra de Pasadena e no ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos. Conforme a apuração da Polícia Federal, a compra da refinaria foi acertada mediante pagamento de pelo menos 15 milhões de dólares em propina. Segundo os cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU), a Petrobras teve prejuízo de 792 milhões de dólares na chamada operação Pasadena, um dos piores negócios da história da empresa. A transação foi aprovada pelo Conselho de Administração da estatal brasileira, à época presidido pela então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff.

NÚMEROS, em 16 de novembro de 2015

Cotação do Dólar

R$3,83

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$7,70

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

71%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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24 de novembro de 2015

O amigão do 'Barba'

24 de novembro de 2015

O amigão do 'Barba'

O pecuarista José Carlos Bumlai, que tinha passe livre para entrar no Palácio do Planalto e visitar o amigão Luiz Inácio Lula da Silva, é o alvo da 21ª fase da Lava Jato. O nome da operação é este mesmo: Passe Livre. Como VEJA revelou em 2011, o pecuarista foi favorecido por uma série de financiamentos do BNDES e tinha acesso privilegiado ao governo petista. Um recado na portaria do Planalto determinava que ele tivesse "prioridade de atendimento [...], devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância". Além do trânsito facilitado, Bumlai tinha autorização para intermediar negócios bilionários de interesse da administração federal. Ele foi encarregado, por exemplo, de montar um consórcio de empresas para disputar o leilão de construção da hidrelétrica de Belo Monte. Por sua vez, o pecuarista drenava milhões para o caixa 2 do PT. A partir do depoimento do delator Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, a força-tarefa da Lava Jato identificou um empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais contraído pelo pecuarista junto ao Banco Schahin, em 2004, que depois foi 'quitado' por meio de gordos contratos para operar o navio sonda Vitória 10.000. A transação só ocorreu após o pagamento de propina a dirigentes da estatal, ao próprio pecuarista e ao PT. As informações prestadas por Musa foram corroboradas pelo lobista Fernando Soares, o Baiano, segundo quem Bumlai chamava Lula de 'Barba', e do empresário Salim Schahin. O próprio Bumlai confessou mais tarde a Polícia Federal que tomou o empréstimo para repassar os valores ao PT e detalhou que o dinheiro foi requisitado pelo ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares, condenado no mensalão.

NÚMEROS, em 24 de novembro de 2015

Cotação do Dólar

R$3,70

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,50

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

71%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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25 de novembro de 2015

A queda de Delcídio

25 de novembro de 2015

A queda de Delcídio

Em ação autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal prende Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista, e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. É a primeira vez que um senador é preso no exercício de seu mandato. A razão: o petista foi flagrado, em gravação feita pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo, garantindo influência junto ao STF para soltar o ex-diretor da Petrobras, discutindo rotas de fuga e prometendo pagamentos para convencê-lo a não fechar acordo de delação. O petista acena com repasses de 50.000 reais mensais, a cargo de Esteves, por meio do advogado Edson Ribeiro, que também teve a prisão decretada. Nas investigações, o nome de Delcídio Amaral já havia sido citado pelo delator Fernando Baiano, segundo quem o líder do governo teria recebido até 1,5 milhão de dólares em propina na negociação da refinaria de Pasadena, no Texas. O dinheiro sujo teria sido utilizado na campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2006. Ao entregar Delcídio, Cerveró fecha acordo de delação. Meses depois, para desespero do governo, Delcídio faz o mesmo, deixa prisão (imagem acima) e se licencia do Senado.

NÚMEROS, em 25 de novembro de 2015

Cotação do Dólar

R$3,76

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$7,90

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

71%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

ÁUDIO

Mas a saída pra ele melhor é pelo Paraguai”

Confira a íntegra da conversa que levou Delcídio à prisão

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8 de dezembro de 2015

Nova fronteira

8 de dezembro de 2015

Nova fronteira

Em mais um desdobramento da Lava Jato, batizado Operação Crátons, a Polícia Federal cumpre 90 mandados (11 de prisão preventiva e 35 de condução coercitiva) em nove estados e no Distrito Federal para desmontar uma rede de comércio ilegal de diamantes extraídos de terras indígenas em Rondônia. Constituída por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e indígenas, a quadrilha gerenciava a exploração do chamado Garimpo Lage, dentro da Reserva Parque do Aripuanã, onde vivem índios da etnia Cinta Larga. O nome que liga a Lava Jato ao esquema em Rondônia é o do doleiro Carlos Habib Chater, apontado o dono do posto de gasolina que lavava o dinheiro do petrolão e que está na origem de toda a operação. Os suspeitos vão responder pelos crimes de exploração ilegal de recursos naturais, dano a unidade de conservação, usurpação de bem da União, receptação, organização criminosa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

NÚMEROS, em 8 de dezembro de 2015

Cotação do Dólar

R$3,79

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$7,13

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

67%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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15 de dezembro de 2015

O tempora! O PMDB!

15 de dezembro de 2015

O tempora! O PMDB!

Em operação desmembrada da Lava Jato, a Polícia Federal aperta o cerco contra caciques do PMDB com foro especial por prerrogativa de função: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha; o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (chamado pelo doleiro Alberto Youssef de ‘pau-mandado' de Cunha); o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (braço-direito do vice Michel Temer); o senador Edison Lobão; e o deputado Aníbal Gomes, aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros. A PF também pediu autorização para busca e apreensão na casa de Renan, mas a Justiça disse não - autorizou, contudo, que se vasculhassem a sede do PMDB de Alagoas, reduto de Renan, e a residência de Sérgio Machado, que presidiu a Transpetro por indicação do parlamentar alagoano. A operação se chama 'Catilinárias', em referência aos quatro célebres discursos do cônsul Marco Túlio Cícero, 2 000 anos atrás, em que acusou o senador Lúcio Catilina de tramar contra a República: "Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós esta sua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia sem freio?" "O tempora, o mores! (Ó tempos, ó costumes!)". Cunha foi denunciado pelo procurador-geral da República como beneficiário de um depósito de 5 milhões de dólares em propinas em conta no exterior. Renan é suspeito de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras, inclusive da operação de compra da Refinaria de Pasadena. Gomes é suspeito de ser o "interlocutor" de Renan no esquema do petrolão. Lobão é acusado por um delator de receber 1 milhão de reais em propina para facilitar negócios das empreiteiras com o governo. Pansera é suspeito de usar seu poder para constranger testemunhas da Lava-Jato. Eduardo Alves foi citado pelo ex-dirigente da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos beneficiários do petrolão e é suspeito de usar o cargo para atrapalhar as investigações.

NÚMEROS, em 15 de dezembro de 2015

Cotação do Dólar

R$3,86

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$7,42

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

67%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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27 de janeiro de 2016

Guarujá, andar de cima

27 de janeiro de 2016

Guarujá, andar de cima

A 22ª fase da Lava Jato bate à porta do condomínio Solaris, no Guarujá (SP), onde a empreiteira OAS, do enrolado Léo Pinheiro, assumiu a construção dos imóveis após um calote da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto presidiu. A operação leva o nome de Triplo X, uma alusão ao tríplex reservado para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cobertura número 164-A que foi luxuosamente reformada e mobiliada pela empreiteira. Os investigadores partilham da suspeita levantada pelo Ministério Público de São Paulo no caso Bancoop: o Solaris foi usado pela OAS para repassar propina e lavar dinheiro, e o 164-A é a prova cabal de que Lula se beneficiou do petrolão. A investigação, contudo, vai além do tríplex de Lula. A força-tarefa de Curitiba apura a titularidade de pelo menos dez imóveis do Solaris em nome da OAS e um registrado no nome de uma offshore, sob a mesma suspeita: ocultação de patrimônio. Como VEJA revelou no fim de semana anterior à deflagração da Triplo X, a promotoria paulista já está decidida a denunciar o petista, e o faria em março, em acusação que também envolve outras 15 pessoas, incluindo a ex-primeira dama Marisa Letícia, seu filho Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, Léo Pinheiro e Vaccari. Mais: pediria a prisão preventiva do petista.

NÚMEROS, em 27 de janeiro de 2016

Cotação do Dólar

R$4,04

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$4,57

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

65%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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22 de fevereiro de 2016

Feira do acarajé

22 de fevereiro de 2016

Feira do acarajé

A Lava Jato alcança o marqueteiro do PT e 'ministro da propaganda' de Dilma João Santana. Os investigadores mapeiam depósitos em conta não declarada na Suíça que totalizam 7,5 milhões de dólares, sendo que os pagamentos mais recentes foram feitos no final do ano de 2014, ou seja, na época em que o publicitário dirigia a campanha à reeleição da petista. Três milhões de dólares foram repassados pelo Grupo Odebrecht por meio de contas ocultas em nome das offshores Klienfeld e Innovation, que já estavam na mira da Lava Jato por terem sido usadas para bancar os ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada e Nestor Cerveró. Os 4,5 milhões restantes foram intermediados pelo lobista Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, de Singapura. A operação é batizada 'Acarajé' porque era assim que a propina era tratada na contabilidade paralela da empreiteira. Uma planilha em poder da PF discrimina uma série de pagamentos a 'Feira', que segundo a investigação é o próprio Santana – nascido em Tucano, a 150 quilômetros de Feira de Santana –, e a 'JD', referência ao ex-ministro condenado no mensalão José Dirceu. Na papelada, há ainda menção a certo prédio IL, que a polícia suspeita tratar-se do Instituto Lula, associado a repasses que somam mais de R$ 12 milhões. Santana tem a prisão decretada nesta fase, assim como sua mulher e sócia, Monica Moura. O casal, que estava na República Dominicana, trabalhando na campanha à reeleição de Danilo Medina, volta ao Brasil no dia seguinte e vai para trás das grades no Paraná. Outras seis pessoas têm a prisão decretada, entre funcionários da Odebrecht e operadores do esquema, incluindo o lobista Zwi, de quem a PF apreende ainda uma lancha e uma coleção de carros antigos.

NÚMEROS, em 22 de fevereiro de 2016

Cotação do Dólar

R$3,96

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$5,04

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

65%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Lancha, carrões, acarajés: PF apreende bens do lobista Zwi Skornicki

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26 de fevereiro de 2016

Trem da propina

26 de fevereiro de 2016

Trem da propina

Em mais uma operação derivada da Lava Jato, a Polícia Federal mira um esquema de propina na construção das ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste. Os investigadores rastreiam fraudes em contratos firmados entre a estatal Valec, ligada ao Ministério do Transporte, e empreiteiras investigadas no petrolão, como Odebrecht, Queiroz Galvão, Constran, OAS, Mendes Júnior e Camargo Corrêa. Só em Goiás, os prejuízos são estimados em 631,5 milhões de reais. A operação foi deflagrada a partir das informações prestadas pela Camargo Corrêa em acordo de leniência e tem como personagem principal o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, a quem a Camargo afirma ter pago, sozinha, mais de 800.000 reais em propina. O nome da operação, 'O Recebedor', ironiza um antigo argumento da defesa de Juquinha, preso na Operação "Trem Pagador", em 2012. Nela, o advogado alegou que, "se o trem era pagador, o alvo não fora o recebedor". Juquinha presidiu a estatal dos trens de 2003 a 2011. Ele chegou ao posto por indicação do então ministro dos Transportes, Anderson Adauto, àquela altura chefão do então Partido Liberal (PL), depois rebatizado Partido da República (PR). Juquinha caiu em 2011, quando VEJA revelou a existência de um esquema de corrupção no Ministério dos Transportes destinado a desviar dinheiro de contratos da pasta para o partido que a comandava.

NÚMEROS, em 26 de fevereiro de 2016

Cotação do Dólar

R$3,95

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$4,87

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

64%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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4 de março de 2016

A vez da jararaca

4 de março de 2016

A vez da jararaca

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o alvo principal da 24ª fase da Lava Jato, chamada 'Aletheia', 'verdade', em tradução livre do grego. A polícia busca o petista em seu apartamento, em São Bernardo do Campo, e o obriga a depor, no Aeroporto de Congonhas, por três horas e quarenta minutos. Os investigadores querem esclarecer os favores, mimos e milhões de reais que o petista recebeu de empreiteiras enroladas no petrolão. Estão na mira dos investigadores: o tríplex no Guarujá, que a OAS reformou e mobiliou; o sítio em Atibaia, também equipado e reformado para uso de Lula; os 10 milhões de reais que as empreiteiras apanhadas no escândalo do petrolão repassaram à LILS, empresa de palestras do ex-presidente; e os 20,7 milhões de reais repassados por elas ao Instituto Lula. Ao autorizar a operação, o juiz Sergio Moro colocou em xeque a "generosidade" das empreiteiras e admitiu haver suspeitas de "recebimento sub-reptício de valores" por parte do petista. Ao mesmo tempo, Moro negou pedido de condução coercitiva da ex-primeira-dama Marisa Letícia e de prisão de Paulo Okamotto, que chefia o Instituto Lula. Com a deflagração da nova fase da Lava Jato, manifestantes pró e contra o PT saíram para protestar ou celebrar - e chegaram às vias de fato em frente ao aeroporto. O dólar caiu, e a bolsa disparou, com a perspectiva vislumbrada pelo mercado de que a enrascada de Lula abrevie o governo Dilma. Por sua vez, o petista convocou a militância a defendê-lo nas ruas, atacou a imprensa e a oposição, debochou da Justiça, manifestou intenção de se candidatar em 2018, chorou, xingou e mandou ver: 'A jararaca está viva como sempre esteve'

NÚMEROS, em 4 de março de 2016

Cotação do Dólar

R$3,71

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$7,22

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

64%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

VÍDEO

Eles que enfiem no c* todo o processo”

Em vídeo, Lula ofende com palavrão a Justiça — e os brasileiros

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21 de março de 2016

Estreia internacional

21 de março de 2016

Estreia internacional

Foi a primeira incursão internacional da Lava Jato, abrindo caminho para o que hoje é uma investigação intercontinental, com colaborações na América Latina e na Europa. Atendendo a um pedido feito pela Justiça brasileira, a Polícia Judiciária e o Ministério Público de Portugal cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão preventiva do operador Raul Schmidt Felippe Júnior, em Lisboa. Investigado por pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró, Felippe tem nacionalidade portuguesa e vivia em Londres, onde mantinha uma galeria de arte. Ele estava foragido desde junho de 2015, quando passou a ser procurado pela Interpol. Entre outros pontos, Schmidt integrava um esquema de corrupção para beneficiar a empresa americana Vantage Drilling no contrato de afretamento do navio-sonda Titanium Explorer. Além da atuação como operador financeiro no pagamento de propinas, a Lava Jato encontrou indícios de que Raul Schmidt aparecia como preposto de empresas internacionais nas negociações de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

NÚMEROS, em 21 de março de 2016

Cotação do Dólar

R$3,62

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,06

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

64%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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22 de março de 2016

Departamento da Propina

22 de março de 2016

Departamento da Propina

A 26ª fase da Lava Jato, um prolongamento das investigações da Operação Acarajé, escancarou o organizado sistema de pagamento de propina instalado na Odebrecht: a empreiteira contava com um departamento exclusivo para pagamentos ilícitos, eufemisticamente batizado de “Setor de Operações Estruturadas”. Em depoimento prestado em acordo de delação premiada, a secretária Maria Lúcia Tavares, que atuava neste departamento, revelou que todos os pagamentos paralelos deviam constar no sistema MyWebDay, uma espécie de “intranet da propina” da Odebrecht. O sistema era de tal maneira organizado que altos executivos da empresa eram os responsáveis por liberar os pagamentos ilícitos. Esta fase foi um desdobramento da 23ª, Acarajé, que teve como alvo o marqueteiro João Santana e a mulher, Mônica Moura. A PF avaliou, a partir do encontrado, que existiam indícios concretos de que a Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para efetuar os pagamentos ilegais.

NÚMEROS, em 22 de março de 2016

Cotação do Dólar

R$3,60

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,11

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

64%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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1 de abril de 2016

Fantasma petista

1 de abril de 2016

Fantasma petista

Batizada com referência ao material usado para datar fósseis, a Operação Carbono 14, 27ª fase da Lava Jato trouxe de volta o fantasma do assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel. O foco da operação foi o empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais concedido pelo Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai. Metade do valor foi entregue ao empresário Ronan Maria Pinto, que teria chantageado o ex-presidente Lula e outros petistas de alto escalão para não envolver seus nomes na morte de Daniel. Além de Ronan, foi preso o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o jornalista Breno Altman foram conduzidos coercitivamente. A procuradoria afirma que o dinheiro desse empréstimo ao PT acabou gerando prejuízo para a Petrobras, já que os valores só foram liberados depois que o Grupo Schahin pagou propina para vencer a concorrência e ser operadora do navio-sonda Vitória 10.000. Apenas este contrato chegou a 1,6 bilhão de dólares.

NÚMEROS, em 1 de abril de 2016

Cotação do Dólar

R$3,57

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,36

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

64%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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12 de abril de 2016

Reputação ilibada

12 de abril de 2016

Reputação ilibada

A 28ª fase da Lava Jato levou à cadeia o ex-senador Gim Argello (ex-PTB-DF), sob suspeita de ter trocado por propina a obstrução dos trabalhos da CPI mista da Petrobras no Congresso. Argello, que foi vice-presidente da CPMI, recebeu o dinheiro sujo das empreiteiras UTC, OAS e Toyo Setal por meio de doações oficiais de campanha e até mesmo em repasses a uma paróquia do Distrito Federal frequentada pelo ex-petebista. Ele acabou condenado pelo juiz federal Sergio Moro a 19 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. O cerco contra o ex-senador Gim Argello se tornou mais forte depois das revelações do ex-diretor financeiro da UTC Walmir Santana e do dono da empreiteira Ricardo Pessoa, ambos delatores da Operação Lava Jato. Em 2014, com o fim do mandato se aproximando, Argello chegou a ser indicado formalmente pelo Palácio do Planalto para uma vaga como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Uma intensa campanha entre servidores do TCU foi montada depois do episódio – sob a alegação de que Gim não tinha reputação ilibada e, ao final, o então senador desistiu de manter-se como indicado à corte de contas.

NÚMEROS, em 12 de abril de 2016

Cotação do Dólar

R$3,54

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$9,03

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Dilma

63%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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23 de maio de 2016

De novo?

23 de maio de 2016

De novo?

Ex-tesoureiro do PP e ex-assessor do falecido deputado José Janene (PP-PR), um dos artífices do petrolão, João Cláudio Genu foi o principal alvo da 29ª fase da Operação Lava Jato. Já condenado a 7 anos e 3 meses de prisão no julgamento do mensalão, Genu foi preso preventivamente na Lava Jato por ter recebido propina de 3,12 milhões de reais referente a contratos da diretoria de Abastecimento da Petrobras, então comandada por Paulo Roberto Costa, entre 2007 e 2012. Na Lava Jato, os indícios são de que Genu continuou recebendo propina durante o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal e também pelo menos até 2013, quando já estava condenado. No início de dezembro, menos de sete meses depois de ir para a cadeia, João Cláudio Genu foi condenado por Sergio Moro a 8 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.

NÚMEROS, em 23 de maio de 2016

Cotação do Dólar

R$3,56

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,50

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

Não mensurada

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24 de maio 2016

Ele só pensa naquilo

24 de maio 2016

Ele só pensa naquilo

A 30ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada no dia seguinte à 29ª fase. Batizada de Vício, a ação trouxe à tona um esquema de pagamento de propina no setor de compras da Petrobras com a participação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, àquela altura já presos e condenados a 20 anos e 50 anos de prisão na Lava Jato, respectivamente. Segundo as investigações, a Apolo Tubulars e a Confab, fornecedoras com 5 bilhões de reais em contratos com a Petrobras, pagaram propina de mais de 40 milhões de reais para “prosperarem” na estatal. Parte do dinheiro teria sido destinada a Dirceu, acusação que levou Sergio Moro a torná-lo réu. A escolha pelo nome Vício se deu, segundo a corporação, em decorrência da sistemática prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos.

NÚMEROS, em 24 de maio 2016

Cotação do Dólar

R$3,54

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$8,53

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

Não mensurada

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4 de julho de 2016

Quem faltava

4 de julho de 2016

Quem faltava

Com as encrencas de Delúbio Soares e João Vaccari Neto no mensalão e no petrolão, respectivamente, Paulo Ferreira era o único ex-tesoureiro do PT ainda incólume a acusações por corrupção. Em um espaço de dois meses, no entanto, a calmaria de Ferreira foi dizimada. Em junho, ele foi preso na Operação Custo Brasil; em julho, foi o principal alvo da 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Abismo. A investigação descobriu pagamentos de propina de 39 milhões de reais na construção do novo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. O dinheiro pago a Paulo Ferreira por empreiteiras foi empregado em blogs defensores do PT e até em uma escola de samba apadrinhada por ele no Rio Grande do Sul. Nomeado “imperador do samba no Rio Grande do Sul” graças a seu apoio “ao setor da cultura popular” gaúcha, Paulo Ferreira reconheceu apoiar a escola de samba “por meio de modalidade de financiamento, a exemplo de leis de incentivo”.

NÚMEROS, em 4 de julho de 2016

Cotação do Dólar

R$3,24

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$9,87

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

Não mensurada

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7 de julho 2016

Paraíso fiscal

7 de julho 2016

Paraíso fiscal

Desdobramento da Operação Triplo X, 22ª fase da Lava Jato, a Operação Caça-Fantasmas investigou um banco panamenho, o FPB, que operava clandestinamente no Brasil utilizando-se dos serviços da Mossack Fonseca, escritório especializado na abertura de offshores. O FPB abria e movimentava contas em território nacional para viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro brasileiro, incluindo de investigados pela Lava Jato. A Caça-Fantasmas identificou 44 offshores constituídas pelo escritório por solicitação dos funcionários do banco clandestino. Sete funcionários do banco panamenho foram alvos de conduções coercitivas. Entre os “outros aspectos” a influenciar o nome da operação Caça-Fantasmas, pode-se interpretar um trocadilho com o sobrenome do principal alvo da ação da PF, Edson Paulo Fanton, representante no Brasil do banco clandestino panamenho FPB. O sobrenome dele soa exatamente igual a “phantom”, que vem a significar fantasma em inglês.

NÚMEROS, em 7 de julho 2016

Cotação do Dólar

R$3,33

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$9,56

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

Não mensurada

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2 de agosto de 2016

Todos os pecados

2 de agosto de 2016

Todos os pecados

Batizada de Resta Um, a 33ª fase da Lava Jato mirou a construtora Queiroz Galvão e teve como principais alvos os executivos Idelfonso Collares Filho e Othon Zanoide Filho, ambos presos preventivamente. A investigação do Ministério Público Federal reuniu informações sobre corrupção e fraude nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Refinaria Abreu e Lima e em diversas outras refinarias, como a do Vale do Paraíba, Landulpho Alves e de Duque de Caxias. De acordo com a PF, a Queiroz Galvão tem o terceiro maior volume de contratos investigados no escândalo do petrolão. De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a empreiteira representa “todos os pecados, todas as espécies de crime investigados na Lava Jato”.

NÚMEROS, em 2 de agosto de 2016

Cotação do Dólar

R$3,24

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$11,36

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

31%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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22 de setembro de 2016

Lava Jato com X

22 de setembro de 2016

Lava Jato com X

Xará do seriado de ficção científica lançado nos anos 1990, a 34ª fase da Operação Lava Jato foi, na verdade, uma “homenagem” ao ex-bilionário Eike Batista, que tinha o costume de incluir a letra X no nome de suas empresas, como sinal de multiplicação. As investigações apuraram fraudes em contratos assinados entre a Petrobras e a OSX, de Eike, e a empreiteira Mendes Júnior para a construção de duas plataformas de exploração do pré-sal. O maior alvo da operação foi o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, preso temporariamente e solto no mesmo dia por ordem de Sergio Moro. Segundo a investigação, Mantega negociou com as empresas contratadas pela estatal o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha do PT. Em depoimento ao MPF, Eike Batista confirmou que, em novembro de 2012, recebeu pedido do ex-ministro, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e fez pagamentos milionários a uma empresa de publicidade no exterior.

NÚMEROS, em 22 de setembro de 2016

Cotação do Dólar

R$3,20

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$14,00

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

31%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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26 de setembro de 2016

O pacto da máfia

26 de setembro de 2016

O pacto da máfia

Batizada de Omertà, em referência ao pacto de silêncio dos mafiosos, a 35ª fase da Lava Jato levou à cadeia o ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci. Ele é suspeito de atuar como intermediário para que a Odebrecht conseguisse contratos com o poder público. Em troca, o “italiano”, como Palocci era chamado nas planilhas da empreiteira, e seu grupo eram agraciados com propina. A atuação do ex-ministro foi monitorada, por exemplo, na negociação de uma medida provisória que proporcionaria benefícios fiscais, na interferência na licitação para compra de 21 navios-sonda para exploração do pré-sal e no aumento da linha de crédito junto ao BNDES para a Odebrecht fechar negócios na África. Além do petista, foram presos seu ex-chefe de gabinete Juscelino Dourado e o ex-assessor Branislav Kontic. Em novembro, Palocci e outros 14 acusados viraram réus na Lava Jato.

NÚMEROS, em 26 de setembro de 2016

Cotação do Dólar

R$3,23

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$13,40

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

31%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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10 de novembro de 2016

Mandando embora

10 de novembro de 2016

Mandando embora

A 36ª fase da Lava Jato, batizada como Dragão, teve como alvos os operadores financeiros Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad. As investigações apontam que, entre 2011 e 2013, as empreiteiras Odebrecht, UTC e Mendes Júnior repassaram 52 milhões de reais em propina a empresas offshore de Tacla Duran para que ele distribuísse o valor a beneficiários finais no exterior, sobretudo ex-diretores da Petrobras. Preso na Operação Saqueador, Assad já estava na cadeia quando Sergio Moro determinou sua prisão preventiva. Notório operador financeiro, ele também teria feito depósitos às empresas de Rodrigo Tacla Duran. O nome da operação é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados, que chamava de “operação dragão” os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior.

NÚMEROS, em 10 de novembro de 2016

Cotação do Dólar

R$3,30

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$15,50

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

31%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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17 de novembro de 2016

A tormenta de Cabral

17 de novembro de 2016

A tormenta de Cabral

O nome da 37ª fase da Operação Lava Jato, Calicute, é uma referência à cidade indiana onde o navegador português Pedro Álvares Cabral enfrentou uma histórica tormenta. Deflagrada por ordem dos juízes federais Sergio Moro e Marcelo Bretas, este da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, a tempestade da vez recaiu sobre outro Cabral, Sérgio, ex-governador do Rio. Ele é acusado de liderar uma quadrilha que roubou 224 milhões de reais de contratos públicos firmados com empreiteiras sob sua gestão. Além de Sérgio Cabral, foram presos auxiliares próximos a ele, como os ex-secretários estaduais Wilson Carlos e Hudson Braga, os operadores Carlos Miranda, Paulo Magalhães Pinto e Carlos Bezerra. A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, também acabou presa, 19 dias depois do marido. O ex-governador, a ex-primeira-dama e outras onze pessoas viraram réus por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e pertinência a organização criminosa na Lava Jato.

NÚMEROS, em 17 de novembro de 2016

Cotação do Dólar

R$3,40

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$14,29

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

31%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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23 de fevereiro de 2017

Apagou a luz

23 de fevereiro de 2017

Apagou a luz

A primeira – e única – fase da Operação Lava Jato até agora, em 2017, tinha como alvo o “operador dos operadores”, Jorge Luz. Jorge e o filho, Bruno Luz, foram apontados como operadores do PMDB, responsáveis por desvios de 40 milhões de dólares a agentes públicos, incluídos aí diretores da Petrobras e políticos, como foto a bancada do partido no senado. A operação, que teve seu nome inspirado no sobrenome dos lobistas, foi baseada nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e do lobista Fernando Baiano. Individualmente, os repasses para agentes públicos e políticos teriam variado de 300 mil a seis milhões de dólares. Entre as empresas envolvidas estão a Schahin Engenharia, a Trafigura e a Samsung. Jorge Luz sempre foi conhecido como homem de confiança dos senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, ambos do PMDB, e tinha um bom trâmite entre políticos do PMDB, PT e PP. Ele costumava abrir caminho para a realização de bons negócios para empresas nacionais e multinacionais. Em troca, receberia “pagamentos”, para serem divididos com parlamentares do esquema.

NÚMEROS, em 23 de fevereiro de 2017

Cotação do Dólar

R$3,06

Cotação de fechamento Ptax; Fonte: BC

Ação da Petrobras

R$15,56

Cotação do papel PETRN4 PN; Fonte: Exame

Rejeição a Temer

51%

Avaliação 'ruim/péssimo' do governo; Fonte: Datafolha

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Fotos: Albari Rosa, Custodio Coimbra, Daniel Marenco/Folhapress, Dida Sampaio/Estadão Conteúdo, Edsom Leite/Ministério dos Transportes, Evaristo Sa/AFP, Felipe Rau/Estadão Conteúdo, Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress, Gilberto Tadday, Luiz Carlos Murauskas/Folhapress, Luiz Morier/Agência O Globo, Marcio Fernandes, Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress, Mauro Pimentel/Folhapress, Nelson Almeida/AFP, Paulo Lisboa/Folhapress, Pedro Ladeira/Folhapress, Pilar Olivares/Reuters, Rodolfo Burher/Reuters, Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Folhapress, Sergio Lima/ Folhapress, Vagner Rosario, Valter Campanato/Agência Brasil