Monitor Veja

Levantamento inédito mostra a divisão de cargos pelos partidos no governo Temer

Por Sérgio Praça

O PMDB tinha só 9,7% dos postos de confiança de alto escalão quando compartilhava o poder com Dilma Rousseff, percentual bem inferior ao exibido à época pelo PT, que abocanhava 44% dos cargos DAS-4, 5 e 6, os três maiores de nível de direção e assessoramento superior, que pagam salários de R$ 15.946 a R$ 19.663. Cercada por tantos petistas, Dilma atraiu a antipatia da maioria das legendas e, como consequência, foi abandonada na Câmara e no Senado durante a votação de seu impeachment.

Temer aprendeu a lição. Ao assumir o poder, dobrou o quinhão de seu PMDB, que passou a deter 20,7% desses cargos, mas fez uma distribuição mais equânime dos postos que tinha e agradou a um número muito maior de partidos – com exceção de PT, PCdoB, PDT e PRB, todas as demais legendas aumentaram o número de apadrinhados no topo da burocracia federal.

Levantamento inédito de VEJA mapeou todos os cargos de confiança de alto nível e cruzou os dados com a lista de filiados a partidos disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os dados sobre os funcionários foram coletados em 30 de Junho de 2017 no Portal da Transparência do governo federal. Abaixo, o leitor pode consultá-los e fazer cruzamentos por ministério, área de governo, agências, partidos políticos e nível do cargo.



Dados:Portal da Transparência do governo federal e Tribunal Superior Eleitoral - Junho de 2017
Levantamento de dados: Wesley Seidel
Design e programação: Alexandre Hoshino, André Fuentes e Sidclei Sobral